Com 1.926m de altitude, a Maria Comprida não é a montanha mais alta, mas é a mais impressionante. Com paredões verticais que ultrapassam 1000m de altura, a Maria Comprida é provavelmente o monumento geológico mais notável de Petrópolis. Considerada inescalável no início do século, sua conquista está envolta em lendas, como a de que em seu cume habitavam sacís e mulas-sem-cabeça. Esta ousada conquista coube ao grande montanhista Emérico Hungar, que tem no currículo também a conquista do Garrafão, na Serra dos Órgãos.
Sua trilha é dura, bem íngreme e com algumas passagens técnicas. É necessário o uso de cordas em algumas partes. Uma dos trechos mais bonitos é a passagem dos Camelos, onde a trilha percorre uma estreita passarela entre dois abismos com alguns obstáculos, como a pedrinha da foto acima, literalmente suspensa sobre o nada.
Da passagem dos Camelos já é possível ver a improvável rota para o cume, que é uma linha de vegetação no meio do paredão. Esta linha, chamada Passagem Leander, foi a segunda rota conquistada na Maria Comprida e passou a ser a linha mais utilizada.
Acima a tradicional foto sobre a pedrinha, onde é preciso respirar fundo e manter o equilíbrio.
A Passagem Leander (foto ao lado) é sem dúvida o trecho mais complicado. É uma canaleta natural, com um paredão quase negativo à esquerda e o abismo à direita. Os trechos mais íngremes tem cordas fixas. Delicado para subir e para descer. Alias, é recomendável descer de rapel. Depois de vencer esta passagem, ainda tem que subir um último trecho íngreme com uma passagem bem exposta, para finalmente chegar no topo.